O crédito imobiliário com recursos da poupança somou R$ 3,69 bilhões em outubro, crescimento de 1,2% em um ano e de 8,2% ante setembro, voltando a crescer na comparação mensal, destacou a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
No acumulado do ano, foram financiados R$ 36,32 bilhões, montante 2,5% inferior ao apurado em igual período do ano passado. Nos 12 meses compreendidos entre novembro de 2016 e outubro de 2017, foram aplicados R$ 45,68 bilhões na aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança, retração de 0,9% em relação ao observado nos 12 meses precedentes.
Em outubro, foram financiados 15,8 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção. "Assim como se observou em valor, a quantidade de imóveis financiados também recuperou a trajetória crescente, com elevação de 9,4% em relação a setembro. Entretanto, em termos anuais, comparativamente a outubro de 2016, houve recuo de 1,8%", diz a Abecip, em nota.
Nos primeiros dez meses deste ano, foram financiadas aquisições e construções de 147,59 mil imóveis, queda de 10,1% em relação a igual período de 2016. Em 12 meses, o financiamento imobiliário viabilizou a aquisição e a construção de 183,15 mil imóveis, queda de 10,3% relativamente aos 12 meses precedentes.
A entidade lembra que, em outubro, a poupança interrompeu uma sequência de cinco meses com resultados positivos, registrando captação líquida de negativa de R$ 1,67 bilhão. Comparado ao mesmo mês do ano passado, quando houve saques líquidos de R$ 1,77 bilhão, o resultado apresentou ligeira melhora.
No acumulado de 2017, a captação líquida de poupança ainda está negativa (-R$ 3,9 bilhões), mas em volume muito inferior ao registrado no mesmo período do ano passado (-R$ 42,8 bilhões).
Para a Abecip, mesmo com o resultado menos favorável do mês de outubro, a expectativa é de que a caderneta de poupança encerre 2017 no campo positivo. Além da esperada continuidade de melhora dos indicadores macroeconômicos, historicamente, há maior volume de entradas líquidas nos meses de novembro e dezembro, graças ao recebimento das parcelas do 13º salário.
Se este prognóstico se confirmar, a captação líquida neste ano tende a interromper a série de dois anos de resultados negativos.