A Abecip, associação das entidades de crédito imobiliário, revisou para cima suas estimativas para 2019. A projeção de expansão do financiamento total passou de 7% para 13%, com o crédito imobiliário chegando a R$ 132 bilhões.
A previsão de alta dos empréstimos com recursos da poupança (SBPE) passou de 20% para 31%. A partir do FGTS, destinado basicamente para o programa Minha Casa Minha Vida, houve melhora na expectativa de queda: de -5% para -4%.
O crédito imobiliário total avançou 1% no primeiro semestre de 2019, ante 2018, praticamente estável em R$ 60 bilhões. Isso porque o financiamento pelo SBPE subiu 33%, para R$ 33,7 bilhões, mas, com recursos do FGTS, houve recuo de 23%, para R$ 26,9 bilhões.
O financiamento à construção com recursos da poupança (SBPE) cresceu 62,3% no primeiro semestre deste ano, ante igual período de 2018. Foram R$ 8,2 bilhões contratados no período, ainda distante do patamar de R$ 14 bilhões de anos pré-crise.
Gilberto Abreu, presidente da Abecip, destaca que, nos primeiros semestres dos últimos três anos, esse crescimento não passava de 5%. "Isso indica que os construtores estão voltando a colocar suas empresas para rodar, antecipando o movimento do mercado."
O financiamento para aquisição de imóveis, destinado à pessoa física, avançou menos que o otimismo das incorporadoras: 26% no primeiro semestre. Na abertura dos dados, Abreu observa que o crédito para imóveis usados subiu 67%, enquanto para unidades novas caiu 6%.
"A venda de imóveis usados é um indicador antecedente do que vai acontecer com o mercado. Se estão comprando mais usados do que novos, é porque falta produto. O volume de financiamento de novas unidades depende de quanto foi construído", diz.