A tendência de desaceleração da queda nos preços nominais dos imóveis residenciais continuou em fevereiro. O IGMI-R (Índice Geral do Mercado Imobiliário – Residencial) ficou praticamente estável em relação a janeiro, com ligeira alta de 0,02%. Com o resultado, em 12 meses até fevereiro a retração atingiu 2,20%, recuo menos intenso que o acumulado de janeiro (-2,26%). Os cálculos são da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Das 9 capitais brasileiras analisadas, 5 registraram valorização dos imóveis sobre janeiro. Destaque para Porto Alegre (+0,46%), enquanto Curitiba e Rio de Janeiro (+0,07%, cada), Fortaleza (+0,03%) e São Paulo (+0,01%) ficaram perto da estabilidade.
Acumulado de 12 meses - No balanço do acumulado de 12 meses, houve tendência de desaceleração entre as capitais. Enquanto a variação de janeiro ficou em -2,51% em São Paulo, em fevereiro alcançou -2,49%.
Considerando-se os mesmos dois períodos, essa tendência também foi verificada em Belo Horizonte (-2,57% contra -2,35%), Curitiba (-1,62% contra -0,97%), Porto Alegre (-1,09% contra -0,61%), e Salvador (-2,83% contra -2,79%).
No sentido contrário, mas com pequenas variações, estão o Rio de Janeiro (-4,40% contra -4,44%), Recife (-1,34% contra -1,36%), Goiânia (-0,07% contra -0,51%). Fortaleza, a única entra as nove capitais com variação positiva, passou de uma variação de 1,21% para 0,35%, sempre na mesma base de comparação.
Conclusão - As variações de preços em termos reais de forma geral apontam para quedas menores, na medida em que os principais índices de inflação passam por um claro processo de desaquecimento.
Ainda que de forma gradual, a combinação de alguma retomada do nível de atividade na economia brasileira, combinada com melhorias nas condições de crédito de forma geral, deve continuar a favorecer o processo de ajuste pelo qual vem passando o setor de construção, com impacto mais favorável sobre o desempenho dos preços.