O preço nominal médio dos imóveis residenciais subiu 0,28% em abril. Na somados últimos 12 meses, a alta atingiu 1,09%. O avanço, no entanto, segue abaixo dos índices de inflação no mesmo período.
Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). A pesquisa mostrou que em abril todas as dez capitais pesquisadas tiveram alta nos preços médios: Curitiba (0,43%), Belo Horizonte (0,42%), São Paulo (0,39%), Brasília (0,38%), Fortaleza (0,35%), Porto Alegre (0,24%), Salvador (0,17%), Goiânia (0,13%), Rio de Janeiro (0,09%) e Recife (0,02%).
Em nota, a Abecip ressalta que a alta menor que a inflação caracteriza a dinâmica de um mercado em recuperação muito lenta. Para a associação, a recente piora das expectativas em relação ao crescimento da economia até o final do ano não permite vislumbrar alta significativa do ritmo de retomada dos preços dos imóveis.
Minha Casa está mantido - Responsável por cerca de 70% das vendas de imóveis residenciais no País, o programa habitacional Minha Casa Minha Vida passa por um momento de reformulação. Com medo das mudanças, parte dos construtores têm se mostrado preocupado sobre como se dariam tais alterações.
Em função desse clima, na última semana, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que não há chance do MCMV ser interrompido. Ele defendeu melhorias operacionais no programa, mas não sem ouvir as construtoras.
"Nada será feito no Minha Casa Minha Vida sem que vocês sejam ouvidos", diz.
Segundo Guimarães, é preciso "entender melhor" os problemas do MCMV. Ainda assim, o executivo citou o alto número de imóveis devolvidos como um problema e disse que "a questão toda é como dar o subsídio e como se precifica isso", finalizou.