A inflação do aluguel medida por novo indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Variação de Alugueis Residenciais (Ivar), subiu 1,86% em janeiro desse ano. Além de ser mais intensa do que a de dezembro, apurada pelo mesmo índice, quando subiu 0,66%, é a maior para meses de janeiro na série do indicador. Para Paulo Picchetti, economista da fundação responsável pelo indicador, uma série de fatores conduziram a esse aumento. Além de começo do ano ser característico de reajustes nos preços de aluguel, novos contratos do serviço também empurraram o indicador para cima, pontuou ele. O especialista lembrou ainda sobre preferência, no ano passado, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como indexador para calcular preço do aluguel - sendo que esse índice finalizou 2021 com alta de 10,06%, a mais forte desde 2015
(10,67%).
O Ivar mensura evolução de preços de contratos de aluguéis em quatro capitais - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre - e conta com série histórica iniciada em 2018, no caso de São Paulo; e a partir de 2019 para as demais três capitais. Com os dados originados dessas capitais, a fundação fez média ponderada para elaborar taxa total do indicador. O Ivar abrange, em sua coleta, preços de contrato de aluguel de longo prazo efetivamente contratados.Ao detalhar a evolução do indicador, Picchetti comentou que, no começo de 2022, além de ser conhecido como de reajustes em preço de aluguel, houve contexto favorável para firmar novos contratos do serviço. O especialista notou que esses primeiros meses do ano contaram com perspectiva de retorno de escolas em caráter presencial, em meio à pandemia, além de programações para trabalho presencial ou híbrido (home office mais presencial) e isso estimulou organização de novos contratos de aluguel, com ajustes preços, influenciados por contexto de inflação em patamar elevado