O crescimento em 2020 previsto para o setor imobiliário se mostrava positivo frente aos anos de baixos rendimentos desencadeados pela incerteza do cenário político do País e da crise econômica, que durou até 2018. Emergindo no ano passado, o setor marcou sua retomada, quando, segundo o IBGE, o PIB (Produto Interno Bruto) da Construção Civil apresentou um aumento de 0,3% em 2019 – a primeira alta deste 2014.
Para 2020, os especialistas apostavam numa alta de 3%, destacando o setor como um dos possíveis motores da economia para este ano, principalmente pela propulsão promovida pela Caixa, que em final de 2019 baixou drasticamente os juros no financiamento de imóveis ao anunciar uma nova linha de crédito imobiliário, ação que foi replicada pelos bancos privados.
E eis que surge o Coronavírus num momento em que era visível o volume de lançamentos sendo erguidos por diversas cidades. Em São Paulo, especificamente, os arranhas céus surgiam de forma que há muito tempo não se via. Na corrida pelos bons ventos trazidos pela baixa dos juros e pela retomada econômica, incorporadoras correram em busca de sua lucratividade apostando em inúmeros lançamentos. E agora?
Apesar da medida antecipada de paralisação na construção dos estandes de vendas, as obras em si não devem parar, afinal, entre as medidas estabelecidas pelo governador de São Paulo, não pode haver um blackout no setor de construção civil e nem mesmo nas de infraestrutura pública que estão em andamento.
Mas como não deixar de vender? É aí que entra a tecnologia, nossa grande aliada em tempos de quarentena. O apoio digital neste momento se tornou a salvação de muitas empresas. E, no setor imobiliário, já não é mais preciso ter um estande para realizar a venda de um imóvel. Felizmente, hoje em dia, existem aplicativos que gerenciam estes processos num formato 100% digital.
Cada vez mais as inovações tecnológicas, com suas soluções digitais, estão definindo o ritmo das empresas do ramo imobiliário, uma vez que o novo consumidor, que é digital, não tem tempo ou paciência para as burocracias e os processos arcaicos por trás da compra de um imóvel. Imaginem agora com uma possível mudança de hábito dos consumidores?
Por isso, mais importante do que entender as demandas do setor para este ano, é se preparar. Às incorporadoras, loteadoras e imobiliárias vale a dica, agora mais do que nunca, de buscar inovação para descomplicar os processos, simplificar a ‘papelada’ e, com isso, oferecer facilidade para os corretores no momento da venda e para os compradores no fechamento.