A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) espera que o financiamento imobiliário tenha crescimento de 2% neste ano, para R$ 260 bilhões. Apesar da desaceleração em relação a 2021, ano em que a alta foi de 46%, o número, se confirmado, renovará o recorde histórico do setor.
O resultado deve ser puxado pelo financiamento com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que, segundo a Abecip, devem chegar a R$ 64 bilhões, alta de 30% na comparação com o ano passado. Os empréstimos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) devem cair 5%, para R$ 195 bilhões.
De acordo com o presidente da entidade, José Ramos Rocha Neto, o volume de recursos esperado via FGTS toma como base o orçamento para o ano aprovado pelo Conselho do fundo.
"O SBPE deve ter uma ligeira queda, mas entendemos que o número será robusto", afirmou ele durante coletiva da Abecip para apresentar os números do financiamento imobiliário em 2021 e as expectativas para este ano. O executivo destacou que o crédito via SBPE cresceu fortemente nos últimos anos: em 2016, foi de R$ 47 bilhões. No ano passado, chegou a R$ 205 bilhões.
Rocha Neto disse ainda que o setor continua perseguindo uma diversificação das fontes de recurso. No ano passado, o SBPE respondeu por cerca de 80% do crédito imobiliário concedido no País. Na carteira acumulada, chegava a 44% do total, seguido pelo FGTS, com 29%.