O financiamento imobiliário pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e FGTS somou R$ 241 bilhões em concessões no ano de 2022, uma queda de 5% em relação ao ano de 2021. Desse total, R$ 62 bilhões vieram do FGTS (alta de 2% em um ano) e R$ 179 bilhões da poupança (queda de 13%).
O montante total representa o segundo melhor ano da série histórica (desde 2016), perdendo apenas para o ano anterior, de acordo com o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Ramos Rocha Neto.
Na construção, foram concedidos R$ 44,9 bilhões em 2022, 10% a mais do que em 2021 e o 5º aumento anual consecutivo. Segundo Rocha Neto, o PIB da construção civil deve fechar o ano em 7%, abaixo dos 10% de 2021, mas ainda com um “crescimento robusto”.
“O volume de vendas foi muito forte nos últimos anos, então os estoques estão muito baixos”, disse o presidente. “É natural que novos projetos continuem sendo lançados, dado o déficit habitacional do País”, completou.
Ele falou também sobre a inadimplência do setor, que se manteve em 1,5%, na média dos últimos anos. “Hoje, a linha do crédito imobiliário tem os menores índices de inadimplência do mercado, menor até que o crédito consignado”, afirmou.
Matéria publicada 02/02/2023