O crédito imobiliário tende a se manter aquecido neste ano e no próximo, a despeito do ambiente de juros mais altos, de acordo com o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Rocha Neto.
Ele reiterou a previsão de que 2022 será o segundo melhor ano em termos de financiamentos, perdendo apenas para 2021. E disse que 2023 poderá ser o terceiro melhor ano da história para o setor.
A previsão da Abecip é que os financiamentos para a compra e a construção de imóveis neste ano devem totalizar R$ 244 bilhões, podendo até mesmo superar esse valor. Será confirmado, o resultado será inferior ao de 2021, que fechou em R$ 255 bilhões. A previsão considera o crédito liberado a partir de recursos da poupança (SBPE) e do FGTS.
O resultado de 2022 tende a ser puxado pelo crédito via FGTS, com previsão de alta de 31%, para R$ 64 bilhões, enquanto o SBPE deve cair 12%, para R$ 180 bilhões.
Entre janeiro e agosto de 2022, os financiamentos (SBPE e FGTS) totalizaram R$ 147,7 bilhões, queda de 8% em relação ao mesmo período de 2021.
“É 8% menor, mas a gente considera ainda muito bom”, disse Rocha, lembrando que o último ano foi de recorde. “É um dado que demonstra a pujança do setor”. O presidente da Abecip citou que a taxa reiterou ainda que não faltará recursos (funding) para os financiamentos imobiliários.
Matéria publicada em 30/09/2022