Os preços de venda cobrados por donos de imóveis estão até 21% acima, em média, dos valores reais das unidades, segundo um levantamento da Homer, um aplicativo que conecta corretores imobiliários e reúne soluções digitais para a intermediação de negociações no segmento. A estimativa é baseada em um novo algoritmo desenvolvido pela plataforma com o objetivo de facilitar o trabalho on-line dos corretores, permitindo inclusive a atuação em parceria entre profissionais de diferentes lugares.
Segundo a Homer, o algoritmo, implementado no início deste ano para os processos de avaliação dos imóveis, cruza dados de localização, metragem, histórico de buscas e estado de conservação do prédio e do apartamento, além de considerar também elementos como a microrregião na qual a propriedade está situada.
“Muitas vezes, em uma avaliação convencional, não são levadas em conta algumas particularidades. Por exemplo, se o imóvel está em um bairro no qual há praia, metrô ou grandes parques, itens que costumam valorizar a região”, comenta Livia Rigueiral, CEO do Homer.
Segundo ela, as ferramentas tradicionais de avaliação de preço não consideram o quão próximo o imóvel está, de fato, desses pontos atrativos. “Quanto mais longe for desses locais, mais o preço do imóvel deve cair. Mas, muitas vezes, essa análise mais detalhada não acontece”, ela completa.
Para apurar o valor real dos imóveis, o algoritmo considera ainda três elementos de preço: a urgência, com um valor mínimo estipulado para o proprietário que tem pressa em vender, sem desvalorizar o imóvel; o valor médio, que não fica muito abaixo nem muito acima do ideal; e, por fim, o ideal, um cálculo global que leva em conta todas as variáveis mencionadas.
Segundo a CEO da Homer, que possui mais de 50 mil corretores cadastrados na plataforma, o emprego dessa e de outras ferramentas tecnológicas vem agilizando os processos de compra e venda e ampliando a credibilidade dos profissionais de corretagem.
“Com o uso do algoritmo de precificação, notamos que as vendas estão acontecendo até dez vezes mais rápido. Aplicar tecnologia no mercado imobiliário e empoderar os corretores só trará mais resultados positivos ao setor”, ela afirma