Por Ana Carolina Diniz
A taxa de inadimplência de aluguel no Brasil apresentou queda em novembro, após a alta registrada em outubro. De acordo com o levantamento mensal da Superlógica, plataforma voltada ao setor imobiliário e condominial, o índice passou de 3,31% para 3,20%.
O levantamento mostra que imóveis com aluguel mais baixo ou muito alto apresentam índices mais elevados, enquanto as faixas intermediárias mostram maior estabilidade. A maior taxa de inadimplência foi registrada nos imóveis com aluguel acima de R$ 13 mil, atingindo 5,41%. Em seguida, a faixa de até 1 mil apresenta o segundo maior índice, de 5,08%.
Por outro lado, as faixas de aluguel intermediárias têm apresentado inadimplência mais contida. Imóveis com aluguéis entre R$ 2 mil e R$ 3 mil registraram a menor taxa, de 1,82%. Já os imóveis com aluguéis entre R$ 3 mil e R$ 5 mil tiveram inadimplência de 1,91%, enquanto na faixa de R$ 1 mil a R$ 2 mil, o índice foi de 2,31%.
Os imóveis com aluguéis entre R$ 5 mil e R$ 8 mil apresentaram inadimplência de 2,44%, e a faixa de R$ 8 mil a R$ 13 mil registrou índice de 4,21%, a terceira mais alta.
Voltando ao resultado de novembro, foi o terceiro menor índice do ano, atrás apenas de setembro (3,14%) e agosto (3,12%). Mesmo assim, a taxa está 0,66 ponto percentual abaixo do pico de inadimplência registrado em fevereiro e abril (3,86%).
Entre as regiões brasileiras, o Norte liderou com a maior taxa de inadimplência em novembro, atingindo 6,10%. Em seguida, aparecem o Nordeste (4,87%), o Sudeste (2,89%), o Centro-Oeste (2,88%) e o Sul (2,64%).
No recorte estadual, a Paraíba registrou o maior índice do país pelo segundo mês consecutivo, com 15,77%, seguido por Amazonas (12,29%) e Rondônia (7,78%). Já os estados com as menores taxas de inadimplência foram: Santa Catarina (1,88%), Sergipe (1,89%) e Espírito Santo (2,22%).
- Em novembro, a inadimplência locatícia recuou na comparação com o mês de outubro, mas não voltou aos patamares verificados em agosto e setembro. O declínio, por não ser tão significativo, não nos permite dizer que tenha sido causado por alterações nos fatores macroeconômicos do país como um todo. Como nos estados com as maiores taxas houve até alta em relação a outubro, caso da Paraíba e do Amazonas, inferimos que as condições regionais, como taxa de emprego e PIB, têm sido preponderantes para definir as variações dos índices de inadimplência - afirma Manoel Neto, diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica.