No mês de agosto, o preço médio do aluguel na cidade de São Paulo aumentou 0,7%. O dado integra o INDEX SP, estudo mensal realizado pelo portal imobiliário Imovelweb.
O aluguel de um apartamento padrão, de 65 metros quadrados, dois dormitórios e uma vaga de garagem, ficou em torno de R$ 1.734. Esse é o terceiro mês consecutivo em que o valor apresenta alta. Nos últimos doze meses, o aluguel paulistano acumulou aumento de 2,3%.
De acordo com a coordenadora de Marketing do Imovelweb, Angélica Quintela, o resultado reflete a economia. “A tendência é alugar até que a economia esteja mais estável”, explica.
O levantamento mostra a Vila Olímpia como o bairro mais caro da capital. O aluguel ficou cerca de R$ 4.601 em agosto. Itaim Bibi (R$ 4.566) e Cidade Monções (R$ 4.451) ficaram em segundo e terceiro lugar no ranking de bairros mais caros.
As regiões Centro-Sul e Oeste registraram o maior aumento anual, acima de 4,4%. “São zonas centrais, de mais fácil acesso às regiões empresariais, como a Avenida Paulista e Vila Olímpia, e isso pode refletir no resultado. Além disso, a revitalização no centro está sendo muito forte”, comentou Quintela. Mesmo assim, 80% dos bairros de São Paulo têm preço médio de aluguel entre R$ 1.400 e R$ 3.250.
Nas últimas edições do INDEX SP, a Vila das Belezas foi apontada como bairro mais econômico da cidade. No entanto, a região deixou o ranking no mês de agosto e apresentou uma valorização de 9,6%, a mais elevada da cidade no período. O preço médio do aluguel ficou em R$ 1.235.
Para a especialista, a questão principal é a mobilidade. O fácil acesso ao trem e à Linha Lilás do Metrô, assim como a revitalização da região, podem ter influenciado na valorização da área.
Entre os bairros mais baratos da capital paulista no mês de agosto, estão Jardim São Savério (R$ 1.185), Jardim Cláudia (R$ 1.183) e Cidade Líder (R$ 1.162).
Venda e rentabilidade - O preço médio do metro quadrado para venda na capital registrou uma retração de 0,2%, ficando em R$ 5.996. Nos últimos doze meses, quase não houve variação, porém, contemplando a variação da inflação (IPCA-15), o preço dos imóveis caiu 4,3% no último ano.
“A venda de imóveis está estável. É momento de compra para quem tem dinheiro na mão. Quem precisa vender, vai manter um preço mais acessível para conseguir. Não é um pico de compra e venda de imóveis”, disse a coordenadora de Marketing da plataforma.
Os bairros com metro quadrado mais caro continuam sendo Ibirapuera (R$ 19.248), Jardim Europa (R$ 17.928) e Vila Nova Conceição (R$ 16.850). Guaianases (R$ 3.428), Conjunto Residencial José Bonifácio (R$ 3.155) e Chácara Santa Etelvina/Cidade Tiradentes (R$ 2.172) também se mantiveram como os metros quadrados mais baratos da capital.
A relação aluguel anual e preço da compra ficou em 5,5%, enquanto a Poupança registrou retorno de 5,1% por ano. Para recuperar o gasto com a compra de imóveis, são necessários 18 anos de aluguel, período 3,7% menor que há um ano.
Chácara Santo Antônio (8,1%), Paraíso (8%) e Raposo Tavares (7,3%) ficaram entre os bairros mais atrativos para investir. Parque São Jorge/Boaçava (3,9%), Vila Maria (3,7%) e Vila Maria Alta/Moinho Velho/Vila Paulista (3,5%) são as regiões menos rentáveis da capital.