Quem buscou um apartamento para alugar encontrou preços com alta de 1,08% em setembro de 2022 de acordo com o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial. A variação média do aluguel residencial superou o resultado mensal dos principais índices de preço da economia doméstica, que registraram nova deflação, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) (-0,29%) e IGP-M/FGV (-0,95%). Ainda assim, o aluguel médio verificado pelo índice desacelerou nos últimos cinco meses.
Os reajustes foram caindo à medida que os meses foram passando. Em abril a alta foi de 1,84%, em maio de 1,70%, em junho de 1,58%, em julho de 1,37% e em agosto de 1,30%. Com o resultado de setembro, a variação acumulada em 12 meses é de uma alta de 15,95, a maior desde 2011.
Para a medição, são considerados o comportamento dos preços de aluguel de imóveis residenciais em 25 cidades brasileiras. Entre as 11 capitais, Florianópolis teve a maior variação; seguida por Curitiba; e Goiânia. Apenas Rio de Janeiro; Belo Horizonte ; e Salvador tiveram aumento menor do que 1%.
Florianópolis +2,36%;
Curitiba +2,22%;
Goiânia +1,85%;
Fortaleza +1,69%,
Porto Alegre +1,51%;
Brasília +1,45%;
Recife +1,14%;
São Paulo +1,00%;
Rio de Janeiro +0,84%;
Belo Horizonte +0,80%;
Salvador +0,19%
Quanto custa o metro quadrado?
O preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi de R$ 35,74/m² em setembro. No conjunto de todas as cidades envolvidas na cesta do índice, Barueri (SP) tem o metro quadrado mais caro para se locar: R$ 47,16. São Paulo lidera entre as capitais, com R$ 44,47/m². Na outra ponta, Curitiba é a capital com metro quadrado mais barato (R$ 28,60).
Para quem usa os imóveis como meio de obter rentabilidade, setembro não foi um dos melhores períodos. O retorno do aluguel residencial (calculado com base na razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda) foi de 5,07% ao ano – percentual inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Nesse cenário, apenas os proprietários tiveram melhor retorno foram os de Recife, Salvador e São Paulo, segundo o levantamento.
2022 até agora
No balanço parcial de 2022 até setembro, o índice acumulou uma alta de 13,64% no ano, variação que supera a inflação calculada pelo IPCA/IBGE (+4,09%) e pelo IGP-M/FGV (+6,61) nesse mesmo intervalo. Entre as 25 cidades monitoradas pelo índice, 24 registraram elevação nominal de preços de locação residencial, incluindo todas as 11 capitais monitoradas.
Matéria publicada em 18/10/2022