Depois de ter acumulado uma alta de quase 4% em todo 2021, o preço de aluguel de imóveis residenciais continua a pesar no orçamento de quem busca um contrato de locação. Em nova medição do Índice FipeZAP+ feita em fevereiro de 2022, o aumento no valor médio praticado em 25 cidades foi de 1,36%. O reajuste para cima representa a maior alta para um mês desde dezembro de 2011 nessa categoria, de acordo com o monitor da evolução da oferta e da demanda por moradia.
O resultado corresponde também ao oitavo avanço consecutivo do índice, em nova aceleração frente às variações apuradas ao longo do 2º semestre de 2021 -- julho (+0,13%), agosto (+0,37%), setembro (+0,52%), outubro (+0,57%), novembro (+0,66%) e dezembro (+0,80%) -- bem como em janeiro de 2022 (+1,03%).
Só em São Bernardo houve uma leve redução (-0,23%) na variação em fevereiro. Entre as 11 capitais observadas, Goiânia foi a que acumulou o maior avanço do índice (+4,92%). Salvador (+2,45%), Florianópolis (+2,38%), Fortaleza (+2,36%), Recife (+1,96%) aparecem na sequência. Em Porto Alegre foi verificada o menor avanço: +0,21%.
Comparativamente, a variação mensal do índice superou a inflação medida pelo IPCA/IBGE (+1,01%), embora tenha permanecido abaixo da medição apurada pelo IGP-M/FGV (+1,83%).
Na média, o preço por metro quadrado no último mês nos anúncios de novos aluguéis foi de R$ 32,26. Contudo, em São Paulo passou bem longe disso: R$ 40,25/m². Os bairros de Itaim Bibi, Pinheiros, Jardins, Moema e Paraíso têm os maiores preços médios de locação. Em linha, as outras capitais com o metro quadrado mais caro para quem paga aluguel são Recife (R$ 36,77/m²), Brasília (R$ 34,62/m²) e Rio de Janeiro (R$ 32,91/m²).
Apesar de ter se destacado na medição do índice, Gôiânia figura entre as capitais com o menor valor do metro quadrado para locação de imóveis residenciais: 21,36/m², ficando atrás só de Fortaleza R$19,65/m². Curitiba (R$ 24,70/m²) e Porto Alegre (R$ 24,99/m²) completam a lista.
Para os proprietários que usam as unidades residenciais para obter renda com aluguel, o retorno foi de 4,73% ao ano -- percentual inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.
Preços praticados nos últimos 12 meses
Ao término do primeiro bimestre do ano, o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial acumula uma alta de 2,40%, superando nesse intervalo a inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+1,56%), embora permaneça abaixo da variação apurada pelo IGP-M/IBGE (+3,68%).
Dentro desse critério, todas as 25 cidades monitoradas compartilham da alta nos preços do aluguel residencial, entre elas: Goiânia (+8,83%), Florianópolis (+4,10%), Salvador (+4,06%), Curitiba (+3,82%), Fortaleza (+3,44%), Recife (+3,29%), Rio de Janeiro (+2,72%), Belo Horizonte (+2,08%) Brasília (+1,83%), São Paulo (+1,40%) e Porto Alegre (+0,32%).
Nos últimos 12 meses, o monitor acumula alta de 5,89%, variação inferior à inflação registrada tanto pelo IPCA/IBGE (+10,54%) quanto pelo IGP-M/FGV (+16,12%) no período.
(Matéria publicada em 16/03/2022)