Na última quarta-feira (13), um grupo de representantes das empresas de construção civil juntou um punhado de parlamentares em um hotel de Brasília. Encabeçados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os construtores exerceram a velha arte do lobby em torno de uma agenda que consideram prioritária: dar mais segurança jurídica às empresas e, principalmente, garantir que o fluxo de dinheiro arrecadado com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) continue vertendo para a compra de imóveis. É que foi justamente esse dinheiro, usado para conceder financiamento para famílias de baixa e média rendas (no programa Minha Casa, Minha Vida), que manteve boa parte das empresas em pé nos duros anos de crise econômica, incluindo a maior construtora do país, a MRV.