O volume aplicado pelas pessoas físicas em produtos financeiros aumentou 8,4% neste ano e alcançou R$ 3,1 trilhões em setembro. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a soma representa as posições de mais de 79 milhões de contas dos segmentos de varejo e de “private banking” das instituições financeiras do país.
O desempenho foi puxado pelo varejo de alta renda, com crescimento 14,3%, e pelo private banking, com 13,3%. Já o varejo tradicional apresentou recuo de 2,6% de dezembro de 2018 para cá.
De acordo com a entidade, essa queda está parcialmente associada ao reenquadramento de clientes feito por muitas instituições. O ajuste resultou na migração de investidores do varejo tradicional para o de alta renda. A Anbima lembra que os bancos definem seus critérios de segmentação nessas duas categorias.
No varejo, os fundos de investimentos tiveram o maior crescimento no ano, de 9,1%, liderados pelos multimercados e pelas carteiras de ações, com altas de 23,8% e 80,4%, respectivamente. Os fundos imobiliários tiveram aumento de 69%, enquanto a alocação direta em ações subiu 39,8%.
Os produtos mais conservadores, como poupança e CDB, registraram desempenhos inferiores na comparação com o ano anterior. Enquanto o CDB teve recuo de 0,1%, a poupança cresceu 3,2%.
“O resultado da caderneta foi impulsionado pela liberação do saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que vai direto para a poupança”, explica José Ramos Rocha Neto, presidente do fórum de Distribuição da Anbima, em nota da entidade