Mudanças feitas na startup imobiliária Loft, que incluíram ajuste de custos, priorização de alguns serviços e descontinuidade das operações de reforma e locação de curta temporada, fizeram com que a companhia registrasse alta de 40% na receita, no intervalo de 12 meses encerrado em março, informou nesta segunda-feira (22). A Loft não expõe o valor atingido.
O ajuste de custo incluiu reduzir despesas administrativas, mas a empresa não declara a porcentagem de queda no indicador. Houve demissões em massa na Loft em 2022 e no início deste ano — a última rodada afetou 15% da força de trabalho, com 340 pessoas cortadas.
A redução no custo também envolveu aumentar a eficiência dos processos, informa a companhia. De acordo com a empresa, melhorias no conteúdo entregue para quem busca imóveis em seu marketplace causaram uma queda de mais de 70% no custo da aquisição de clientes (CAC).
Uma mudança de direcionamento da Loft foi ampliar o foco no segmento B2B, oferecendo serviços para imobiliárias parceiras, que somam 7 mil companhias. Segundo a Loft, o número de transações com intermediação dessas imobiliárias subiu 85% no primeiro trimestre.
Algumas áreas foram descontinuadas, como a vertical de aluguel para períodos curtos e o segmento de reformas, uma das origens do negócio.
Segundo o diretor de operações Marcel Régis, a expectativa da companhia fundada em 2018 é atingir o break-even (deixar de gerar prejuízo) no segundo semestre deste ano.
Negócios adquiridos pela Loft ajudaram no aumento da receita. A CredPago, de fiança locatícia, ultrapassou 250 mil contratos, alta de 40% em um ano. A empresa também passou a integrar os serviços de seu marketplace com a CredPago e seus outros negócios, como a originadora de financiamentos CrediHome e o CRM Vista, para elevar a possibilidade de venda cruzada
A empresa tem lançado produtos voltados para imobiliárias, caso da Calculadora de Preços, para encontrar o valor ideal para um imóvel, e um sistema antifraude para corretores, que ajuda a identificar compras iniciadas por esses profissionais, mas que terminaram fechadas diretamente entre proprietário e comprador, prática conhecida como “bypass