O grupo Rezek começa a entregar, neste mês, as primeiras unidades do Reserva Raposo - bairro planejado, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 4,6 bilhões, em desenvolvimento na rodovia Raposo Tavares, em São Paulo, com foco na baixa renda. O total de unidades previsto é de 17.960. O primeiro lançamento de condomínios ocorreu no fim de 2017, mas vendas e obras foram interrompidas, em fevereiro de 2018, devido à suspensão da validade da licença prévia ambiental. Na sequência, o Ministério Público fez questionamentos, como o da quantidade de contrapartidas oferecidas. Em outubro de 2018, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo permitiu retomada das obras e das vendas. O julgamento dos agravos do processo ocorreu em meados de 2019, com votação a favor da continuidade do empreendimento.
Na primeira fase, foram lançados R$ 310 milhões do projeto desenvolvido em terreno de 450 mil metros quadrados do terreno conhecido como Raposão. Há R$ 180 milhões estimados para lançamento no primeiro trimestre de 2021. A previsão é que o bairro planejado, desenvolvido pela incorporadora RZK Empreendimentos, do grupo Rezek, seja totalmente apresentado ao mercado até 2028 e entregue até 2032.
Das 1.460 unidades lançadas, 600 receberam o habite-se em agosto. As entregas serão realizadas à medida que as matrículas forem individualizadas e o repasse dos recebíveis dos clientes feito à Caixa Econômica Federal.
“Passados três anos do lançamento, entregar 600 unidades significa muito para nós”, afirma Verena Balas, diretora de incorporação do grupo Rezek e responsável pelo projeto. “Enfrentamos todos os tipos de desafios possíveis neste projeto. O Reserva Raposo foi o primeiro empreendimento submetido ao EIA-Rima [Estudo e Relatório de Impacto Ambiental]”, diz.
A entrega dos outros condomínios já lançados ocorrerá em dezembro deste ano, e março e julho de 2021. As vendas somam R$ 280 milhões. As unidades foram comercializadas ao preço médio de R$ 228 mil. “Mas desde a segunda quinzena de agosto tem sido possível aproximar de R$ 240 mil [teto do programa habitacional] o preço”, conta a executiva.
Com o fechamento dos estandes de vendas durante boa parte do segundo trimestre, a RZK apostou na comercialização online de unidades. “Nosso investimento online mais do que dobrou nos últimos meses”, diz Verena. Além disso, fez promoção em que quem indicasse um potencial cliente a um corretor de vendas receberia percentual da comercialização em caso de fechamento do negócio.
Nos próximos lançamentos, a RZK não irá abrir mão dos estandes de vendas, mas fará mudanças em relação ao modelo tradicional que permitam redução de custos. Uma das lojas da fachada ativa de um dos prédios também funcionará como ponto de vendas.
Verena ressalta que tem havido demanda por unidades enquadradas no programa habitacional do Reserva Raposo e de projetos de outras incorporadoras. A procura por imóveis do empreendimento se concentra em moradores de cidades do entorno - Osasco, Carapicuíba, Cotia, Butantã e Taboão da Serra -, com idade entre 27 e 35 anos, sobretudo casais, mas também há aquisições por pessoas que vivem em regiões mais afastadas.
Para a gestão do bairro, o grupo Rezek contratou a JLL, conhecida por consultoria e intermediação imobiliária. “Teremos também um xerife do bairro para entender o que precisa ser feito. Um funcionário do grupo Rezek foi deslocado para essa função”, diz Verena.
A infraestrutura prevista abrange seis creches, duas unidades básicas de saúde (UBS), dois parques, um centro de atividades para idosos, uma biblioteca, uma escola de ensino médio, um auditório e três quilômetros de ciclovia. Já foram investidos mais de R$ 520 milhões, incluindo compra do terreno, pagamento de licenças, construção das torres e obras de contrapartidas e infraestrutura.
“As unidades têm louças e metais Deca e portas Sincol. As torres possuem elevadores Atlas Schindler”, diz a executiva.