A WTorre pretende quitar sua dívida de R$ 1,6 bilhão com bancos de varejo ainda neste ano e voltar a construir.
A principal obra no horizonte é um porto em São Luís, no Maranhão, em conjunto com o grupo chinês CCCC, que tem 51% do negócio.
Esse empreendimento, que deverá começar a funcionar em três anos, vai exigir aportes que somam R$ 1,8 bilhão, diz o empresário Walter Torre.
"A ideia é descarregar os trens sem parar, e [ao norte do país] dar saída para o agronegócio e entrada para adubos, grãos, fertilizantes."
Existem mais projetos no curto prazo, como um galpão de logística na cidade de Cajamar (SP) que demandará investimentos de aproximadamente R$ 100 milhões.
"Houve sobreoferta de espaços, e as pessoas estão assustadas, mas ainda há espaço para essas edificações. Haverá muita demanda por causa do e-commerce, que é logística pura", afirma Torre.
A empresa ainda pretende entrar em geração de energia distribuída, com condomínios de painéis solares e gás.
O plano é oferecer a grandes consumidores de energia o aluguel de um quinhão de uma central de geração. A companhia negocia um investimento com um grupo europeu, segundo o executivo.
Quando essas receitas começarem a entrar, o grupo diversificará as fontes de dinheiro —sem fazer construções para terceiros, a WTorre, hoje, depende de seus galpões e de rendimentos de edificações como o Allianz Parque.
Para diminuir suas dívidas, a empresa já se desfez de sua parte em dois shoppings e um teatro. Haverá mais desinvestimentos, como um terreno de um milhão de metros quadrados no Rio de Janeiro.