A inflação baixa provoca consequências. O IPCA em um ano até setembro ficou em 2,89%, muito abaixo do centro da meta de 4,25%. A expectativa é que o BC corte ainda mais os juros. A economia entra em uma fase de dados positivos na atividade, com inflação baixa e queda nos juros.
Há especialistas que projetam a Selic a 4,5% no fim do ano. A taxa hoje está em 5,5%.
A redução tem reflexos. O impacto chegou a algumas modalidades de financiamentos, como crédito imobiliário e para aquisição de veículos. Infelizmente, a redução não chega a todas as linhas. Mas o governo, que é o maior devedor do Brasil, está pagando cada vez menos para se financiar. O gasto público com juros está caindo.
A inflação recua, por um lado, porque a economia não engrenou. No mês, o IPCA registrou também queda no preço de alimentos. A produção de hortaliças e verduras cresceu e produtos como o tomate ficaram mais baratos. As liquidações de eletrodomésticos também influenciaram o IPCA em setembro.
Na atividade, os dados passaram a melhorar nos últimos meses. Economistas que chegaram a temer uma queda no PIB no terceiro trimestre já consideram que o resultado será positivo. Não será tão forte quanto o país precisa e deseja, mas a combinação de crescimento com inflação baixa e juros menores é muito boa.