O mercado já estava aguardando uma nova queda de 4,5% para 4,25% na taxa básica de juros, uma queda histórica após sucessivos cortes realizados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A expectativa é que o crédito fique mais barato, principalmente em casos como os empréstimos para consumo, financiamento imobiliário e de automóveis. Isso tende a aquecer a economia, especialmente o setor de varejo. Na bolsa de valores, varejistas como Magazine Luiza, Lojas Americanas e Via Varejo devem se beneficiar. A expansão de oferta de crédito imobiliário deve, ainda, ser benéfica para as empresas de construção civil.
O consumidor também deve aproveitar este momento de baixa de juros e pensar, por exemplo, em fazer a portabilidade de seu financiamento imobiliário. Uma pessoa que tenha um financiamento com taxas pré-fixadas mais altas, agora tem a oportunidade de procurar instituições financeiras que façam um financiamento com taxas mais baixas. A portabilidade é uma boa opção.
A queda de juros, além de estimular o aquecimento da economia, deve promover uma alta saudável na inflação, o que deverá ser corrigido no futuro, no fim de 2020. O impacto na alta do dólar acontece porque a diferença entre a taxa de juros dos Estados Unidos e do Brasil ficou menor. Então, como é menor o retorno ao investidor estrangeiro que quer investir nos títulos brasileiros, o incentivo para que sejam feitos investimentos no país fica ainda menor.
Estamos diante de uma política expansionista, queda da taxa de juros, incentivo ao consumo, ao financiamento imobiliário e também ao investimento para a formação de novas empresas, para formação de capital fixo e para compra de insumos produtivos. Espera-se um ciclo virtuoso.