O Banco Central lança nesta terça-feira (20) uma agenda de reformas estruturais, incluindo o projeto de autonomia operacional da instituição. O assunto, porém, divide o governo e ainda não tem consenso para ser bancado pelo Palácio do Planalto.
Assessores presidenciais defendem a autonomia operacional do BC, mas sem a inclusão de regras que impeçam o presidente da República de trocar seus diretores. O assunto deve ser debatido no ano que vem para que seja definida a posição do governo.
A agenda do Banco Central também irá tratar da redução do crédito direcionado, como o do BNDES, que é responsável pela metade dos empréstimos no país. Para o BC, o crédito direcionado, com juros mais baixos para alguns setores, reduz a eficácia da política monetária.
O BC vai ainda regulamentar a Letra Imobiliária Garantida, que visa estimular o crédito para construção civil.
Não haverá redução dos depósitos compulsórios, os recursos que os bancos são obrigados a recolher ao BC, como chegou a ser defendido no governo para estimular a oferta de crédito. Será feita, porém, uma simplificação deste sistema para reduzir custos do setor financeiro.