O Banco Central (BC) realizou nesta semana, com sucesso, o primeiro teste de liquidação de transações no Pix, o sistema de pagamentos instantâneos. Participaram da operação Banco do Brasil, Caixa, BPP, Sicredi e Bancoob - representando, assim, instituições financeiras e de pagamentos e cooperativas.
No início deste mês, o regulador colocou em consulta pública o regulamento do Pix, confirmando o início das operações para novembro deste ano. Com isso, o documento e a realização do teste, afastou as dúvidas que existiam no mercado sobre o andamento do programa em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus.
O teste de liquidação no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) consistiu em envio e recebimento de mensagens entre as instituições com as informações sobre as transações. O pagamento se deu em aproximadamente dois segundos, tempo que o BC considera ideal para o processo.
“Os pontos mais críticos foram superados”, afirma Carlo Netto, presidente da Matera. A empresa, que desenvolve tecnologia para o setor financeiro, atuou em parceria com a BPP na troca de mensagens de pagamentos.
José de Carvalho Jr, chefe de produtos da BPP, diz que o teste foi bem-sucedido, o que indica que o sistema está se desenvolvendo conforme o esperado.
O BC vem realizando provas de etapas do processo. Em fevereiro, realizou um teste de conectividade entre os participantes. No mês seguinte, fez uma avaliação da base de dados que identificará os usuários (pagadores e recebedores) do sistema. Mais adiante, serão testadas transações com o uso de QR Code para iniciar os pagamentos.
A adesão ao Pix será obrigatória para instituições financeiras e de pagamentos com pelo menos 500 mil contas ativas. Com o sistema, será possível fazer transferência entre contas, pagamentos (de compras e de contas de água e luz, por exemplo) e recolhimento de guias da União (GRU).
Os pagamentos instantâneos têm potencial para reduzir o uso de dinheiro em espécie e ampliar a competição no setor.
