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05/11/2019

Bancos privados colocam o pé no freio do juro imobiliário

Os bancos privados não dão sinais de que pretendem fazer uma nova rodada de cortes nos juros do financiamento imobiliário, ao menos por ora

Os bancos privados não dão sinais de que pretendem fazer uma nova rodada de cortes nos juros do financiamento imobiliário, ao menos por ora. Na semana passada, a Caixa Econômica Federal reduziu os juros na modalidade de empréstimos que contam com recursos originados nas cadernetas de poupança. Já o Banco do Brasil fez ajustes nas linhas Carteira Hipotecária e Sistema Financeiro da Habitação (SFH). O movimento dos bancos públicos ocorreu na esteira de mais uma diminuição da taxa básica da economia brasileira, a Selic, que foi reduzida pelo Banco Central a 5% ao ano.

É meu! Assim, o banco da habitação retoma o lugar que sempre ocupou: a cadeira do menor juro no crédito imobiliário, a partir de 6,75% ao ano, considerando os financiamentos que têm a poupança como fonte de recursos. A movimentação dos bancos públicos tende a puxar a taxa média das operações com recursos direcionados para pessoas físicas para um novo piso histórico. Em junho, essa taxa chegou a 7,74% ao ano, próximo do piso de 7,69% visto em fevereiro de 2013, segundo o Banco Central.

Cautela. Como já fizeram cortes de juros nos financiamentos imobiliários com recursos da poupança neste ano, Santander Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco preferem manter uma certa cautela. Em vez de acompanharem a Caixa, a prioridade agora é preservar o retorno financeiro para seus acionistas. “Ninguém está aqui para rasgar dinheiro”, disse um executivo do setor privado, na condição de anonimato

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO