Os bancos privados não dão sinais de que pretendem fazer uma nova rodada de cortes nos juros do financiamento imobiliário, ao menos por ora. Na semana passada, a Caixa Econômica Federal reduziu os juros na modalidade de empréstimos que contam com recursos originados nas cadernetas de poupança. Já o Banco do Brasil fez ajustes nas linhas Carteira Hipotecária e Sistema Financeiro da Habitação (SFH). O movimento dos bancos públicos ocorreu na esteira de mais uma diminuição da taxa básica da economia brasileira, a Selic, que foi reduzida pelo Banco Central a 5% ao ano.
É meu! Assim, o banco da habitação retoma o lugar que sempre ocupou: a cadeira do menor juro no crédito imobiliário, a partir de 6,75% ao ano, considerando os financiamentos que têm a poupança como fonte de recursos. A movimentação dos bancos públicos tende a puxar a taxa média das operações com recursos direcionados para pessoas físicas para um novo piso histórico. Em junho, essa taxa chegou a 7,74% ao ano, próximo do piso de 7,69% visto em fevereiro de 2013, segundo o Banco Central.
Cautela. Como já fizeram cortes de juros nos financiamentos imobiliários com recursos da poupança neste ano, Santander Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco preferem manter uma certa cautela. Em vez de acompanharem a Caixa, a prioridade agora é preservar o retorno financeiro para seus acionistas. “Ninguém está aqui para rasgar dinheiro”, disse um executivo do setor privado, na condição de anonimato