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18/08/2020

BB Investimentos eleva preço-alvo de Cyrela a R$ 29 e mantém recomendação em compra

Segundo a analista Kamila Oliveira, as perspectivas de longo prazo para o setor imobiliário permanecem otimistas, deixando espaço para a empresa se destacar em lançamentos e vendas

O BB Investimentos elevou o preço-alvo para as ações da Cyrela de R$ 25,70 para R$ 29,00, mantendo a recomendação em compra, diante das perspectivas para a companhia e o mercado de construção, com atualização das premissas referentes a custo de capital e receitas.

Segundo a analista Kamila Oliveira, as perspectivas de longo prazo para o setor imobiliário permanecem otimistas, deixando espaço para a Cyrela se destacar em lançamentos e vendas à medida que o mercado volte a aquecer, o que ajudará a melhorar gradualmente suas margens.

Apesar da expectativa otimista, ela reduziu a projeção para lançamentos em 2020 em 3%, para R$ 3,8 bilhões, e de vendas líquidas em 6,5%, a R$ 3,9 bilhões.

“Embora acreditemos na tese de investimento da companhia, as incertezas do cenário econômico doméstico deverão impactar a Cyrela nos próximos trimestres, tanto em vendas como em lançamentos. Entretanto, a companhia também opera por meio de joint ventures, o que deve contribuir para a execução de sua estratégia de expansão regional, crescimento em outros segmentos de mercado, redução de custos e maximização da eficiência nas construções”, diz trecho do relatório.

A analista do BB Investimentos também considerou em sua decisão de alterar o preço-alvo das ações os resultados da Cyrela no segundo trimestre. Para ela, a incorporadora foi prejudicada no período pela postergação dos lançamentos. No período, os lançamentos totalizaram valor geral de venda (VGV) de R$ 287 milhões, queda de 83,5% em relação ao mesmo período de 2019. As vendas líquidas caíram 58,6%, para R$ 597 milhões.

O menor volume de vendas no período levou a receita líquida a atingir R$ 839 milhões, queda de 10,4%. No entanto, devido à maior obtenção de receitas com obras em andamento no resultado consolidado da companhia, a margem bruta aumentou 1,5 ponto percentual (p.p.), para 32,8%, um desenvolvimento considerado positivo pela analista.

“Os lançamentos recentes, com destaque para o segmento MCMV [Minha Casa Minha Vida], vem se mostrando bem-sucedidos, nos mantendo confiantes na tese de investimento de longo prazo da companhia”, diz trecho do relatório.  

FONTE: VALOR ECONôMICO