O presidente Jair Bolsonaro estimou nesta quinta-feira, durante live transmitida pelas redes sociais, que a taxa básica de juros , atualmente em 5,5% ao ano , pode cair para 4,5% até o final do ano. Bolsonaro ainda destacou que a inflação deve ficar abaixo da meta fixada para este ano.
— Devemos terminar o ano com uma inflação abaixo da meta. Estamos com 5,5% de taxa Selic. Existe a chance de terminarmos o ano com 4,5% — disse o presidente.
O centro da meta de inflação para este ano é de 4,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, de 2,75% a 5,75%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros, em sua reunião em setembro, de 6% para 5,5% ao ano. O corte de 0,5 ponto percentual veio em linha com a expectativa do mercado. O atual patamar da Selic é o menor da série histórica do BC.
Na ata da reunião de setembro , os dirigentes do BC sinalizaram que, diante de um cenário de inflação comportada, o Copom pode promover novos cortes na taxa básica de juros da economia.
A projeção do mercado é que 2019 se encerre com a Selic a 5% ao ano, mas há apostas num patamar ainda menor, em torno de 4,75%.
Crédito imobiliário - O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que também participou da transmissão feita pelo presidente Bolsonaro, disse que as reduções da Selic permitiram que o banco público reduzisse a taxa de juros do crédito imobiliário de 11% para 7,5%.
Guimarães prometeu ainda que para cada redução da Selic, haverá uma redução no custo do crédito imobiliário.
Durante a live, o presidente da Caixa ainda informou a Bolsonaro que entre os clientes do banco a adesão aos saques de até R$ 500 das contas do FGTS, no mês passado, foi de 99,12%. Guimarães também afirmou que 30% dos pagamentos são destinados a pessoas que possuem até R$ 100 e que nesses casos a operação do saque ocorre em casas lotéricas.