No período que se seguiu à crise financeira de 2008, investidores endinheirados, principalmente da Rússia, China e Oriente Médio, vasculhavam cidades como Londres e Nova York em busca de imóveis de alto padrão para comprar. Parecia um investimento seguro e de retornos robustos diante dos juros baixíssimos de então. Agora, isso mudou.
Os preços médios de imóveis de luxo em dez cidades ao redor do mundo devem subir 1,7% neste ano, ante 3% em 2015, segundo análise da corretora imobiliária Knight Frank LLP.
Investidores estrangeiros que ajudaram a alimentar o boom imobiliário se veem às voltas com desvalorizações cambiais, choques nas bolsas de valores e o colapso dos preços de petróleo. Além disso, uma ampla reforma nos impostos sobre transações do Reino Unido ampliaram a taxação nas vendas de imóveis de preços elevados - e novos impostos sobre segundas moradias de um mesmo proprietário e imóveis de aluguel entrarão em vigor neste ano.
Em Nova York, a demanda por imóveis de luxo perdeu força já em 2015, dizem corretores. Em Miami, compradores da América do Sul e Europa devem reduzir o ímpeto neste ano devido ao dólar valorizado. A previsão é que os preços caiam em Hong Kong, Cingapura e Paris, segundo a Knight Frank. - Art Patnaude.
