O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., afirmou que o banco está aberto a renegociar contratos empréstimo consignado em caso de perda de emprego do beneficiário. Segundo ele, não faz sentido prorrogar por 60 dias as parcelas de quem está empregado.
“Se perder o emprego, procura o banco para que a gente possa refazer”, disse o executivo em transmissão ao vivo promovida ontem pela Ágora Investimentos, corretora do Bradesco.
Lazari não fez comentários sobre o consignado do setor público — que representa 95% do volume dos empréstimos com desconto em folha no país.
Conforme o Valor noticiou nesta semana, os bancos discutem a possibilidade de estender a prorrogação dos contratos da linha em casos de calote de Estados e municípios.
De acordo com o presidente do Bradesco, crédito pessoal, financiamento de veículos e financiamento imobiliário estão entre as linhas de pessoas físicas que vêm sendo prorrogadas pelo banco quando clientes o solicitam. “Não vai haver aumento de taxas”, ressaltou.
Lazari observou que está claro que a situação atual levará a um aumento da inadimplência. “É uma crise severa que a gente está vivendo, mas estamos preparados para dar condições aos nossos clientes”, disse. “Para nós, não interessa que as empresas quebrem.”