O Brasil vai precisar de 30,7 milhões de novas residências até 2030, considerando o crescimento médio de 3% na formação de novas famílias, aponta estudo inédito divulgado nesta terça-feira (29), pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).
De acordo com o levantamento, as famílias com renda de entre 3 e 10 salários mínimos precisarão de 14,4 milhões de residências, seguidas pelos grupos com renda de até três salários mínimo, que vão demandar 13 milhões de novos domicílios. Já aquelas com mais de 10 salários de renda, 3,3 milhões de habitações.
O estudo aponta ainda que o déficit habitacional no Brasil caiu 1,5% entre 2017 e 2019, que passou de 7,918 milhões para 7,797 milhões de moradias no ano passado. A queda foi puxada pela redução de 9,3% no número de habitações precárias no país, que recuaram de 963 mil para 874 mil entre os anos.
"A queda reflete o efeito das políticas públicas para expansão popular no país, com foco na redução do déficit para família mais pobres. É importante que o Estado brasileiro tenha acesso a esse tipo de informação para tomar decisão de seguir subsidiando a construção de habitação popular no país", afirma o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França.