O perfil do cliente que retornou ao mercado imobiliário sul-mato-grossense neste início de 2019 é de médio a alto padrão. Porém, a comercialização de imóveis na planta ainda enfrenta entraves para deslanchar, como é o caso da liberação de crédito. A avaliação é da vice-presidente administrativa da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci), Marta Recalde Lino. “Acredito que esteja havendo uma maior dificuldade, não tem procura, principalmente pelos imóveis de médio e baixo padrão na planta. O grande fator é que o comprador está tendo dificuldade de comprovar renda, e isso acaba limitando a compra. Eles [clientes] até querem, mas a análise cadastral está dificultando”, pontuou.
Para imóveis na planta, explica o presidente da Câmara de Valores Imobiliários de Mato Grosso do Sul (CVI-MS), Dirson Tadeu Auerswald, o cenário observado é diferente daquele relacionado à comercialização de imóveis de terceiros. Neste segundo caso, prosseguiu, “hoje é o cliente quem quer definir preço”.
“Nós, corretores, temos conhecimento da realidade do mercado, mas muitos proprietários não estão aceitando a opinião do corretor e isso dificulta a realização do negócio. Mesmo assim, têm saído negócios. A maioria das operações com venda é imóvel de lançamento do Minha Casa Minha Vida e alguns outros nesta linha. Agora, para imóveis de terceiro, as negociações estão mais travadas”, apontou.