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04/01/2017

Caderneta de poupança perde espaço, mas segue como principal aplicação

A entidade monitora o que as famílias fazem com os recursos que sobram para ter indícios do comportamento do consumidor.

A caderneta de poupança perdeu espaço como opção de investimento de quem consegue chegar ao fim do mês com dinheiro, mas ainda é, disparada, a forma mais popular de aplicação.

Os dados são da Fecomércio RJ, que faz pesquisas sobre o tema há dez anos.

A entidade monitora o que as famílias fazem com os recursos que sobram para ter indícios do comportamento do consumidor.

O auge da dominância da poupança foi em 2012, quando 88% dos respondentes disseram optar por ela.

Hoje, eles são 76% dos que têm recursos para aplicar.

A perda relativa de número de poupadores aconteceu em razão das altas das taxas de juros no passado recente, diz Gloria Amorim, diretora de políticas e estratégias da Fecomércio RJ.

Outras opções passaram a chamar a atenção -em 2012, 3% dos entrevistados disseram que tinham dinheiro em fundos de renda fixa, contra 7% no ano passado.

"Os bancos de varejo também começaram a atuar de forma mais forte com orientação aos correntistas nos últimos anos", afirma.

A preponderância da caderneta é explicada por desconhecimento de alternativas e por ela prescindir de negociação com corretor, segundo Marcia Dessen, especialista em finanças pessoais e colunista da Folha.

"A taxa é TR mais 0,5%, não precisa barganhar. Nos fundos de investimento, os pequenos poupadores são penalizados –a tarifa de administração come parte significativa da rentabilidade." 

FONTE: FOLHA DE S. PAULO