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22/05/2016

Caixa é a mais lembrada em duas categorias de serviços bancários

A Caixa foi considerado o melhor banco tanto para empréstimo pessoal quanto para financiamento imobiliário, segundo paulistanos das classes A e B, ouvidos pelo Datafolha.

Apesar do momento turbulento na política, tempos sombrios na economia e escassez de crédito, a Caixa, segundo banco de varejo mais importante do governo federal, conquistou duas categorias vitais na área financeira: foi considerado o melhor banco tanto para empréstimo pessoal quanto para financiamento imobiliário, segundo paulistanos das classes A e B, ouvidos pelo Datafolha.

No que diz respeito ao empréstimo pessoal, o banco teve 8% das citações -64% dos entrevistados não souberam ou não se lembraram de nenhuma marca nessa categoria.

Na categoria financiamento imobiliário, a Caixa manteve a liderança, com 29% das menções. Houve queda em relação a 2015, quando 37% citaram a marca. A estatal é mais lembrada entre os mais ricos (34%) e por quem tem entre 26 e 40 anos (36%).

A instituição responde por quase 70% dos empréstimos para compra de imóveis no Brasil. Mesmo em tempos turbulentos, o crédito habitacional da Caixa cresceu 9,8% nos últimos 12 meses e o total de empréstimos soma R$ 388 bilhões, sendo R$ 15,5 bilhões contratados nos primeiros três meses de 2016.

"O maior volume de financiamentos segue voltado para a habitação de interesse social, direcionada a famílias com renda de até R$ 6.500 e que buscam imóveis com valor máximo de R$ 225 mil", diz Nelson Antonio de Souza, vice-presidente de Habitação da Caixa.

No entanto, tem faltado fôlego ao banco para atender à demanda. No começo de maio, a Caixa ficou sem recursos novos contratos para moradias que custam entre R$ 225 mil e R$ 500 mil pela linha pró-cotista, destinada a trabalhadores cadastrados no FGTS e que oferece juros menores.

Essa faixa de preço é justamente a que lidera as vendas na cidade. De janeiro e março deste ano, foram comercializados 1.692 imóveis em São Paulo, sendo 422 com custo entre R$ 225 mil e R$ 500 mil, de acordo com dados divulgados pelo Secovi (sindicato do setor imobiliário).

O número total de lançamentos no período é o menor desde 2004. Para o Secovi, com a troca de governo, há expectativa de que as vendas retomem força.

"Nos próximos meses, poderemos ter um aumento nos lançamentos e na demanda de imóveis novos em São Paulo", prevê Flavio Amary, presidente da entidade. As restrições cadastrais, como nome sujo na praça por inadimplência, são a principal razão para que empréstimos sejam negados.

Entre as modalidades de empréstimo, o consignado segue como o mais procurado pelos clientes da Caixa.

A categoria foi responsável por mais da metade dos R$ 103 bilhões que a estatal emprestou para pessoas físicas no primeiro trimestre de 2016. Nesta modalidade, o desconto das parcelas é feito na folha de pagamento e os juros são menores.

O banco liberou 36 mil pedidos por dia em todo o Brasil nos primeiros três meses deste ano.

Os empréstimos podem ser pagos em até 48 parcelas e o cliente pode usar seus bens, como carro e imóvel, para dar como garantia e obter taxas de juros mais atrativas. Apesar do aumento do desemprego, a inadimplência segue estável. O índice de dívidas em atraso há mais de 90 dias para empréstimos pessoais na Caixa soma 3,51% do total, dentro da média do mercado.

"Na Caixa, a carteira de crédito pessoa física cresceu 5,8% em razão do aumento de clientes e de taxas atrativas", explica Jeyson Leyser Cordeiro, superintendente nacional de Estratégia Pessoa Física do banco. Leia entrevista com ele abaixo.

São Paulo - Quais as finalidades mais comuns para as quais as pessoas pedem empréstimos?

Jeyson Leyser Cordeiro - Geralmente, a busca está relacionada a momentos específicos da vida, como casamento, nascimento de filho, viagens, ou mesmo para pagamento de outras dívidas com taxas maiores.

Como o momento pelo qual o Brasil passa afetou o mercado de empréstimos?

O cenário econômico mais restritivo traz reflexos no consumo de crédito, seja pela perda do poder de compra e a pressão no endividamento pelo cliente, seja pelo cenário de incerteza que faz com que as pessoas sejam mais cautelosas na busca por crédito.

Houve queda ou aumento na procura por crédito?

O Mercado de Créditos Livres Pessoa Física apresentou evolução de 1,6% em 12 meses, conforme dados do Banco Central de março de 2016, indicando desaceleração nas operações que englobam o crédito pessoal. 

FONTE: FOLHA DE S. PAULO - REVISTA SãO PAULO