A carteira de crédito ampliada do Banco Santander Brasil deve superar o montante de R$ 400 bilhões ao longo deste ano. Em março último, o estoque havia atingido R$ 386,9 bilhões, com crescimento de 9,3% sobre março de 2018.
Em encontro com jornalistas na última terça-feira, o presidente do Santander Brasil e chefe regional do banco na América do Sul, Sérgio Rial, disse que o crescimento da carteira virá principalmente do financiamento ao consumo e dos empréstimos para pessoas físicas.
“A carteira vai passar dos R$ 400 bilhões com certeza. Não como uma meta, como um guidance, mas se não ultrapassar vai ficar muito próximo dos R$ 400 bilhões. A medida que o PIB [Produto Interno Bruto] avance, o crédito vai crescer, não é algo nada espetacular, mas deve aumentar”, apontou Rial.
Em números frios, para a instituição financeira chegar a essa marca, de R$ 400 bilhões, seria necessário um crescimento de 4% na carteira ampliada total ao longo dos próximos meses, plenamente possível e realizável.
Por outro lado, números do balanço mostram que ainda há fraqueza em algumas linhas para pessoas jurídicas (empresas). O crédito PJ para o setor imobiliário recuou 7,4% no primeiro trimestre de 2019 para R$ 3,797 bilhões, em relação a dezembro último, e caiu 34,6% na comparação com março de 2018.
A linha de crédito rural para PJs também retrocedeu 5,3% para R$ 5,426 bilhões em março, na comparação com dezembro, e caiu 13,5% em relação a março de 2018. No item repasses para empresas, o estoque desceu para o montante de R$ 8,974 bilhões em março, 5,8% abaixo do registrado em dezembro e 19,3% menor que informado no mesmo mês do ano passado.
Ao todo, a carteira para pessoas jurídicas encolheu 0,3% para R$ 122,737 bilhões em março de 2019, ante igual mês de 2018. Na ponta positivo houve avanços das linhas de leasing veículos (+14,1%), comércio exterior (+9,1%) e capital de giro (+2,8%) nessa comparação de iguais períodos.
Na prática, o desempenho positivo do Santander veio dos segmentos de financiamento ao consumo (+17,9%) e nas linhas para pessoa física: cartão de crédito (+25,4%), consignado (+25,2%), veículos (+21,8%), rural (+17,4%), crédito pessoal (16,2%) e imobiliário (14,3%).
Dividendo histórico - Ainda de acordo com o balanço detalhado por Rial, o Santander vai pagar R$ 1 bilhão aos seus acionistas na forma de juros sobre capital próprio (JCP). No primeiro trimestre de 2019, o banco teve lucro líquido de R$ 3,5 bilhões (+22%) sobre igual período, e o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) atingiu 21,1%.