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19/06/2023

Casa própria perde espaço no Brasil: aluguel já reponde por um quinto das moradias no país (O Globo)

Pesquisa aponta ainda que 16% dos lares tem apenas um morador. Há dez anos, essa taxa era de 12%

O sonho da casa própria ficou mais distante para os brasileiros nos últimos anos. A quantidade de domicílios próprios quitados recuou de 66,7% em 2016 para 63,8% em 2022. No mesmo período, o percentual de domicílios alugados subiu de 18,5% para 21,1%. É o que apontam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Domicílios e Moradores, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE.

 

Do total de 74,1 milhões de domicílios no país em 2022, 63,8% deles (ou 47,3 milhões) eram imóveis próprios e já pagos. Enquanto isso, 6% (4,4 milhões) eram lares próprios que ainda estavam sendo pagos. Outros 21,1% (15,7 milhões) eram alugados - ou seja, a parcela de imóveis alugados já supera um quinto do total de lares.

 

Ainda segundo a pesquisa, 85% dos domicílios em 2022 (ou 63,0 milhões) eram casas, enquanto 14,9% (ou 11 milhões) eram apartamentos.

Em termos regionais, o estudo aponta que todas as regiões do país registraram aumento no percentual de domicílios alugados. Este crescimento foi maior no Centro-Oeste (avanço de 3,3 pontos percentuais p.p.) e no Sul (alta de 2,3 p.p.).

 

Entre os estados, os maiores percentuais de domicílios alugados foram observados no Distrito Federal (35,6%), Goiás (27,3%), Mato Grosso e São Paulo (ambos com 25,3%). Entre as capitais, destaca-se Palmas (43,4%), em Tocantins.

 

Mais gente morando sozinha

 

A pesquisa também aponta que o país já alcança 15,9% dos lares com apenas um morador. O dado configura um crescimento de 3,7 pontos percentuais em relação a 2012, quando representavam 12,2%. Em 2017, era 14%.

As mulheres correspondiam a 44,6% das pessoas que moravam sozinhas, enquanto os homens, a 55,4%. Já na análise por faixa etária, as pessoas idosas (acima de 60 anos) representam 41% das pessoas que moram sozinhas. O número chama atenção, segundo o IBGE, dado que esse grupo representa 15% da população brasileira

FONTE: O GLOBO