No último sábado (17), o Jornal da Cultura destacou o aumento de saques na poupança no mês passado, superando o número de depósitos em R$ 20 bilhões. Com o crescimento dos saques, o mercado imobiliário vem sendo afetado, uma vez que 65% do saldo investido no sistema brasileiro de poupança financia o setor, ou seja, mudanças na poupança têm o potencial de influenciar significativamente a dinâmica do mercado imobiliário brasileiro.
Apesar da redução na poupança, os financiamentos estão utilizando outra fonte de recursos para que o mercado imobiliário seja menos impactado. Para as classes de menor renda, aumentou a aplicação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no programa Minha Casa, Minha Vida. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, reconhece que houve uma queda relevante na poupança e destaca a necessidade de uma recomposição.
“Houve uma queda significativa na poupança, mas houve uma recomposição do mercado, em parte, pelo aumento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que passou de R$ 70 bilhões para R$ 101 bilhões no ano passado”, concluiu.