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31/07/2024

Cbic eleva projeção de crescimento da construção em 2024 de 2,3% para 3% (Valor Econômico)

Contribuíram para a revisão a expectativa de crescimento maior para o PIB, mercado de trabalho mais resiliente, projeção de alta nos lançamentos imobiliários e o crescimento dos financiamentos de imóveis com recursos do FGTS

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) elevou de 2,3% para 3% a sua projeção de crescimento do PIB da construção civil para este ano. É o segundo aumento de expectativa desde o começo de 2024. Em março, a entidade já havia elevado a projeção de 1,3% para 2,3%.

 

Segundo a Cbic, contribuíram para a revisão positiva a expectativa de crescimento maior para a economia brasileira como um todo, um mercado de trabalho mais resiliente, a projeção de aumento nos lançamentos imobiliários e o crescimento dos financiamentos de imóveis com recursos do FGTS.

 

Em apresentação à imprensa nesta segunda-feira (29), a Cbic destacou que foram criadas 159,2 mil vagas de emprego no setor de janeiro a maio, 7% mais do que no mesmo período de 2023. Foi o terceiro setor que mais empregou no país, atrás de indústria e serviços.

 

A construção civil contava, em maio, com 2,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada, 6% mais do que em maio do ano passado. Em 2014 o setor chegou a ter 3 milhões de funcionários, mas depois disso não havia mais se aproximado dessa marca.

O financiamento de imóveis com recursos do FGTS superou, em número de unidades, as contratações via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que ocorrem fora do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Foram 310,7 mil unidades financiadas no primeiro semestre, uma alta de 41%, ante 247,7 mil unidades financiadas pelo SBPE, que usa recursos da poupança e de outras fontes e, por isso, tem taxas mais elevadas.

 

Entre os desafios encontrados neste ano, a Cbic ressaltou um possível aumento da carga tributária sobre o setor, com a reforma, a falta de mão de obra qualificada e também não-qualificada, a taxa de juros ainda elevada, a insegurança jurídica e a preocupação sobre a sustentabilidade do FGTS, destacando o uso em consignados, no saque-aniversário e também para financiar imóveis usados, entre outros fatores

FONTE: VALOR ECONôMICO