São Paulo - A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê que os lançamentos de imóveis residenciais no País deverão encerrar o ano com uma alta de 5% a 10% nos lançamentos e uma expansão de 10% a 20% nas vendas. No acumulado dos últimos 12 meses até junho de 2018, os lançamentos totalizaram 96,0 mil unidades (crescimento de 15,6%), enquanto as vendas atingiram 113,9 mil unidades (crescimento de 24,6%). "Acreditamos que 2018 vai fechar melhor do que em 2017. Estamos conservadores, mas otimistas com o mercado imobiliário", disse o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci.
As projeções para o acumulado do ano indicam uma desaceleração no ritmo de crescimento em comparação com o visto no acumulado dos últimos 12 meses. Petrucci avaliou que o mercado poderia estar melhor, mas a indefinição sobre os rumos da política e da economia têm inibido ou postergado boa parte das decisões de investimentos. "Não temos uma situação melhor no mercado por conta da situação política e institucional do País. Está difícil para os empresários tomarem coragem de colocar mais ofertas de imóveis na rua", completou.
Petrucci disse ainda que o nível atual dos estoques é de equilíbrio e mostra tendência de queda, resultante de um volume de vendas superior ao de lançamentos. Esse enxugamento dos estoques poderia servir de incentivo para que a indústria de construção e incorporação imobiliária acelerasse o desenvolvimento de novos projetos, mas o baixo nível de confiança no País atrapalha um avanço mais robusto do setor, na sua avaliação. "Não falta produto, nem demanda. Falta mais confiança do empresário e crédito para mais lançamentos."