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02/02/2016

Cenário será próximo ao do ano passado, diz Brasil Brokers

O cenário para o setor imobiliário, em 2016, será muito próximo ao ano passado, na avaliação do presidente da Brasil Brokers, Silvio Almeida, e lançamentos e vendas do mercado e da companhia tendem a ser similares aos de 2015. A rede de imobiliárias não tem metas operacionais formais. Almeida conta que, no começo do ano passado, havia expectativa de melhora do desempenho do setor ainda em 2015, mas, atualmente, se espera que as dificuldades sejam mantidas.

Chiara Quintão

O cenário para o setor imobiliário, em 2016, será muito próximo ao ano passado, na avaliação do presidente da Brasil Brokers, Silvio Almeida, e lançamentos e vendas do mercado e da companhia tendem a ser similares aos de 2015. A rede de imobiliárias não tem metas operacionais formais. Almeida conta que, no começo do ano passado, havia expectativa de melhora do desempenho do setor ainda em 2015, mas, atualmente, se espera que as dificuldades sejam mantidas.

"Entramos em campo, no ano passado, muito mais otimistas do que em 2016", diz o executivo. A companhia dará continuidade aos ajustes de custos, que ganharam força nos dois últimos anos.

Segunda maior rede de imobiliárias do país, a Brasil Brokers encerrou 2015 com estrutura de custos anualizada de R$ 175 milhões, valor 50% menor, em termos reais, na comparação com o de 2011, seu melhor ano. A empresa saiu de alguns mercados, como Pernambuco, revendeu duas operações em Brasília para os antigos sócios, renegociou contratos de locação de lojas, com redução de espaço e do preço pago por metro quadrado, e cortou parte dos funcionários.

Novos fechamentos de lojas e demissões podem ocorrer, mas em menor proporção, segundo Almeida, e a companhia continuará a buscar padronização de processos. "Não queremos um corte que possa impedir nossa capacidade de retomada", diz o presidente da Brasil Brokers. As principais despesas da companhia são a de pessoal e de custo de ocupação. "A tendência é continuarmos com pontos comerciais menores e buscando estruturas mais baratas", afirma.

Sem informar números, Almeida conta que, no ano passado, a diferença entre o volume de lançamentos previstos para serem feitos por meio da Brasil Brokers e o realizado foi "muito maior" do que a histórica. "Atualmente, estamos bem mais conservadores em relação à previsão de lançamentos."

As vendas também ficaram abaixo do previsto. A prioridade do setor foi vender estoques. O executivo cita as altas das taxas de juros, a redução da oferta de crédito, o crescimento do desemprego e a piora da confiança do consumidor como os principais fatores para o desempenho abaixo do esperado em 2015.

Neste ano, ressalta Almeida, as atenções de potenciais compradores de imóveis estarão divididas também com os Jogos Olímpicos e as eleições municipais.

A estratégia de dar prioridade à venda de estoques e de atrelar cada lançamento ao desempenho do anterior, adotada no ano passado, será mantida. Há tendência de aumento, no total, da participação de projetos com unidades de menor valor. "Em 2015, o segmento econômico foi o que sofreu menos. Acredito que isso será mantido", diz. O executivo diz ter expectativa que o mercado possa melhorar no segundo semestre. "Não dá para conviver com incertezas para sempre", acrescenta.

FONTE: VALOR ONLINE