O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022 em relação às condições de ocupação dos domicílios brasileiros. Segundo o levantamento, em 2022, 72,7% da população brasileira residia em domicílios próprios (quitado, herdado, ganho ou ainda pagando), 20,9% em alugados, 5,6% em cedidos ou emprestados e 0,8% em outras condições de ocupação.
O destaque vai para o crescimento expressivo do percentual de brasileiros que vivem de aluguel, que aumentou 27,4% em comparação ao Censo 2010. Naquele ano, apenas 16,4% moravam em imóveis alugados, enquanto em 2000 esse número era de 12,3%.
Por outro lado, 72,7% dos brasileiros ainda vivem em imóveis próprios, com 9,1% em propriedades financiadas. O financiamento ganha relevância entre os brasileiros de 30 a 39 anos, atingindo o pico de 13,5% na faixa de 35 a 39 anos, fase associada à maior estabilidade financeira e à decisão de compra de um imóvel em detrimento do aluguel.
Distribuição dos moradores em domicílios particulares permanentes por condição de ocupação do domicílio, segundo os grupos de idade – Censo 2022 - IBGE
No recorte regional, o Centro-Oeste se destaca por apresentar a maior concentração de moradores em imóveis financiados, sinalizando uma demanda robusta na localidade. Este cenário reforça a necessidade de estratégias específicas do setor imobiliário, com foco na oferta de condições de financiamento mais acessíveis e no desenvolvimento de empreendimentos em regiões com alta demanda habitacional.
Condição de ocupação do domicílio por região do país - Censo 2022 - IBGE
Os dados do Censo 2022 refletem tendências que devem orientar os investimentos do mercado imobiliário nos próximos anos. Com o aumento do aluguel e o destaque do financiamento em determinadas faixas etárias e regiões, o setor encontra oportunidades para atender um público em transformação, alinhado às demandas por flexibilidade e acesso à moradia própria.