A depender do bairro que você frequenta, isso pode até parecer irreal. Mas, sim, a capital de São Paulo, que é a maior cidade do hemisfério sul, ainda tem mais casas do que apartamentos. É o que diz o levantamento do Censo 2022, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar de ser a cidade com maior número de apartamentos (ao todo são 1.435.984), o número de casas é quase o dobro: 2.764.750. Mas, ao longo dos próximos anos, isso pode mudar, já que o aumento de pessoas vivendo em apartamentos vem crescendo a cada novo censo.
Em 2000, 7,6% da população moravam em apartamentos. Em 2010, a proporção havia se elevado para 8,5%. Nos 12 anos seguintes, o percentual se elevou em mais 4,1 pontos percentuais, chegando aos 12,5% registrados em 2022.
Verticalização de São Paulo
De prédio em prédio, a cidade de São Paulo vai ficando cada vez mais vertical. Em 2024, com a entrega de 818 novos condomínios, a cidade deve ver um boom de novos apartamentos – cerca de 150.ooo, segundo levantamento realizado pelo Data Lello. O número é quase o dobro dos 424 empreendimentos entregues no ano passado.
São Paulo tem liderado uma tendência de retomada nacional no mercado de vendas de imóveis, puxada pelo segmento de luxo, o mais resiliente do mercado imobiliário. Mas também por uma explosão na demanda por imóveis voltados para famílias de baixa renda. Para este ano, no entanto, o destaque deve ficar com os condomínios de médio padrão, que vão representar 36% dos novos lançamentos de 2024, segundo a Lello.
No Brasil
A situação paulistana também se repete por todo o Brasil – com exceção de Santos, São Caetano e Balneário Camboriú, as cidades com mais apartamentos do que casas. O predomínio de domicílios do tipo casa foi grande, com 59.649.633 nessa categorização. Isso significa que 84,8% da população ainda mora em casas.
O segundo tipo de domicílio encontrado com mais frequência foi o apartamento, com 10.767.414 unidades, categoria na qual residiam 12,5% da população em 2022