Daniela Meibak
Os resultados da Cetip no quarto trimestre de 2015 devem apresentar crescimento de dois dígitos, puxados pela resiliente área de títulos da empresa. Essa é a expectativa dos analistas para o balanço que será divulgado hoje, após o fechamento do mercado.
A média das projeções de Goldman Sachs, J.P. Morgan e Votorantim aponta para lucro de R$ 131,3 milhões no quarto trimestre, melhora de 11,2% na comparação anual. Ainda de acordo com as projeções, a receita líquida deve subir 23,5%, alcançando R$ 336 milhões.
Os fracos resultados da unidade de financiamento devem ser totalmente compensados pela área de títulos, na opinião do Votorantim. Como resultado, a receita continuará crescendo dois dígitos. As despesas operacionais devem continuar avançando acima da inflação, impulsionadas pelos gastos com pessoal sazonalmente mais elevados no quarto trimestre e a implementação em curso de projetos, como a migração da sede, por exemplo.
"No geral, a resiliência da receita, alimentada pela unidade de títulos, vai provavelmente apoiar outro trimestre com lucro líquido forte, desta vez em R$ 134 milhões", afirmam os analistas do banco Flavio Yoshida e George Chen, em relatório. O Votorantim estima receita líquida de R$ 307 milhões, com alta de 12,9%, e lucro de R$ 134 milhões, 13,6% maikor.
Na opinião do J.P. Morgan, os resultados serão mistos e as ações continuarão sendo negociadas com a potencial fusão com a BM&FBovespa. A instituição vê leve aumento na área de títulos no trimestre, apesar do cenário difícil para os bancos brasileiros. Em particular, o J.P. Morgan destaca o registro de títulos bancários, o leve aumento em derivativos e crescimento contínuo em custódia, como resultado das novas taxas. No entanto, o ramo de financiamento de veículos deve continuar fraco. A casa de análise estima receita de R$ 382,9 milhões, forte aumento de 40,8%, e lucro de R$ 123,8 milhões, crescimento de 4,9%.
O UBS faz apenas projeção de lucro líquido ajustado e estima R$ 159 milhões no indicador. A instituição espera números fortes tanto para a unidade de títulos quanto para financiamento de veículos. Segundo a equipe de análise da instituição, no trimestre os dados devem mostrar uma aceleração na unidade de financiamento, com aumento de 2,9% nos gravames inscritos nos três meses, na comparação com o trimestre anterior, e melhor volume de títulos, com alta de 19,5% também na comparação trimestral.