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21/01/2016

Cinco maiores bancos do Brasil criam gestora para melhorar análise de risco

Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal terão, cada um, 20% do capital da gestora, que será estruturada como uma sociedade anônima, disseram os bancos em comunicados.

Os cinco maiores bancos brasileiros anunciaram nesta quinta-feira (21) a criação de uma gestora de inteligência de crédito com o objetivo de formar um banco de dados que permitirá ao setor bancário e outras instituições de crédito aprimorar a capacidade de análise e gestão de suas carteiras de empréstimos, tanto de pessoas físicas como jurídicas.

Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal terão, cada um, 20% do capital da gestora, que será estruturada como uma sociedade anônima, disseram os bancos em comunicados.

O anúncio confirma informação publicada pela Reuters na véspera, em que fontes com conhecimento do assunto afirmaram que o objetivo da gestora é destravar o chamado cadastro positivo, em que o sistema financeiro concede taxas de juros menores a clientes com bom histórico de adimplência.

Segundo as fontes, os bancos preferiram ter uma central própria, na qual podem compartilhar informações entre si, do que usar dados da Serasa Experian ou da Boa Vista, que juntas compartilham um bureau de crédito.

A LexisNexis Risk Solutions, empresa do Relx Group especializada em fornecimento global de soluções de análise e gerenciamento de riscos, será a parceira técnica dos bancos para a criação da empresa, que ainda precisa da aprovação de órgãos reguladores.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirmou nesta quinta-feira esperar que a gestora contribua, no futuro, "para a queda de spreads, da inadimplência e do superendividamento de clientes".

"Com melhores condições de crédito, será possível ampliar o acesso da população às linhas de crédito disponíveis nas instituições financeiras", afirmou a Febraban.

A entidade disse que, a partir do acordo para criação da empresa, espera-se que a gestora leve cerca de quatro anos para realizar a estruturação tecnológica e geração de dados que viabilizem a operação.

 

FONTE: FOLHA DE S. PAULO ONLINE