O Citi espera receber neste mês as propostas não vinculantes (ou seja, que não obrigam o candidato a comprar o ativo pelo preço ofertado) por sua operação de varejo no Brasil, Argentina e Colômbia, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. O objetivo do Citi seria fazer a venda em combo das operações de varejo nos três países.
“O banco espera ouvir propostas pelos três países juntos. Se não vierem, aí sim aceitará ouvir propostas individuais”, afirma um executivo do mercado financeiro. Algumas fontes, porém, não descartam a possibilidade de o processo atrasar em meio à crise política e econômica no Brasil, fora o fato de a venda do HSBC para o Bradesco nem sequer ter sido aprovada ainda.
O Itaú Unibanco e o espanhol Santander são candidatos naturais pelos ativos do Citi, de acordo com executivos do mercado. O Bradesco, como não recebeu ainda todas as aprovações necessárias para integrar a operação brasileira do HSBC, naturalmente deve olhar, mas tem menos apetite do que os demais concorrentes. Com uma rede de 71 agências no Brasil, o Citi teve lucro líquido de R$ 894,224 milhões no ano passado, montante 617,2% maior que o visto em 2014.
O Citi encerrou 2015 com cerca de R$ 76 bilhões em ativos totais e patrimônio líquido de R$ 7,7 bilhões. Na Argentina, tem 70 agências e 55 na Colômbia. Procurado, o Citi não comentou. Os grandes bancos já admitiram que vão olhar as oportunidades que surgirem, inclusive, o Citi. Sobre a possibilidade de fazerem oferta pelo banco nos três países, porém, não comentaram.
