O Citi atualizou sua cobertura de construtoras residenciais e reforçou a Cyrela e Cury como suas principais escolhas diante do desdobramento de questões regulatórias importantes.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assinou uma versão da lei de zoneamento considerada “muito favorável” aos negócios, introduzindo grandes oportunidades de aquisição de terrenos, especialmente para empresas de renda média e alta.
“Prevemos que também deverá trazer alívio temporário das pressões competitivas para a Cyrela, com concorrentes adiando lançamentos para solicitar novas aprovações de projetos sob regras favoráveis”, escrevem os analistas.
“Além disso, destacamos melhorias significativas para a habitação de interesse social, uma política municipal de oferta que concede incentivos fiscais para empreendimentos acessíveis, beneficiando cerca de 80% do banco de terrenos da Cury em São Paulo”, acrescentam.
De acordo com o banco, o novo cenário regulatório da cidade deve impulsionar as estimativas consensuais de receitas e margens neste próximo ciclo, além de reduzir os riscos dos prospectos de crescimento existentes para suas principais escolhas. Além disso, o Citi vê um ambiente benigno à frente, com a inflação nos custos da construção ainda moderada e o MCMV em sua melhor forma até o momento.
Com as melhorias em São Paulo, o Citi elevou os preços-alvos da Cyrela, de R$ 26 para R$ 29, e da Cury, de R$ 21 para R$ 23, ambas com recomendação de compra.
O banco ainda reclassificou a Tenda de neutra para compra por considerar as ações “muito baratas para não comprar”, e elevou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 14.
No entanto, a perspectiva para a MRV é mais negativa devido a despesas financeiras mais altas do que o esperado e exposição a riscos desconfortáveis de inadimplência. Nesse caso, o Citi rebaixou a recomendação de compra para neutra e reduziu o preço alvo de R$ 11 para R$ 9.
