Depois de dois meses de declínio no nível de empregos ofertados na indústria da construção, o setor teve uma verdadeira ascensão na atividade durante o mês de outubro. Os dados são da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou a Sondagem da Indústria da Construção — uma pesquisa mensal, com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), para acompanhar a evolução da atividade da construção, do sentimento do empresário e das suas perspectivas.
De acordo com a análise, o índice de desempenho do setor ficou em 51,7 pontos. Um bom resultado fica, necessariamente, acima dos 50 pontos: uma linha divisória que separa a evolução do declínio na atividade. A própria CNI comentou que “esse foi o maior indicador do ano, um sinal de alta mais forte e disseminada da atividade”.
A análise se deu depois de uma consulta envolvendo 446 empresas. Dentre elas, 167 são pequenas construtoras, 187 são médias construtoras e 92 são grandes construtoras. O período de investigação foi entre 3 e 12 de novembro de 2021. Esses números também apontaram que, nos últimos cinco meses, a atividade cresceu em quatro deles — se comparados com o mês anterior. A única ressalva aconteceu no mês de agosto, que teve desempenho inferior ao mês de julho.
De acordo com a Confederação, esse crescimento também reflete o interesse em investimentos no setor da construção por parte dos empresários, o que justifica a pontuação adquirida em outubro: 44,5 pontos no índice. A média histórica é de 35,4 pontos. O resultado indica o segundo ponto mais alto da pesquisa desde novembro de 2014.
Em suma, a CNI declarou estabilidade na relação de expectativa de novos empreendimentos e quantidade de funcionários; queda nos índices de expectativa do nível de atividade e de compras de insumos e matérias primas e recuo nos índices de expectativa do nível de atividade e de compras de insumos e matérias prima. Quanto à última constatação, a consideração final do relatório é de que “embora a confiança tenha se tornado menor em novembro e menos disseminada entre os empresários do que em outubro, as empresas seguem confiantes”, conclui.