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25/04/2023

CNI diz que 37% das empresas de Construção Civil culpam juro alto do BC por retração no setor (Brasil 247)

Preocupação com a economia, sobretudo com a taxa de juros Selic, administrada pelo Banco Central, que se mantém em 13,75%, faz empresas de construção frearem, diz pesquisa

Preocupação com a economia, sobretudo com a taxa de juros Selic, administrada pelo Banco Central, que se mantém em 13,75%, faz empresas de construção frearem, diz pesquisa

Os empresários da indústria da construção estão preocupados com as condições atuais da economia brasileira e da empresa nos primeiros quatro meses de 2023. De acordo com a Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a avaliação negativa está mais intensa e disseminada este ano, principalmente pelo impacto da elevada taxa de juros. Foram ouvidos 356 empresários, sendo 136 pequenos, 141 médios e 79 grandes empresas, entre 3 e 13 de abril.

 A pesquisa mostra que praticamente 4 em cada 10 empresários da construção veem impacto da alta da Selic na desaceleração da atividade econômica. No primeiro trimestre de 2023, 37,4% das empresas assinalaram a taxa de juros como um dos três principais problemas enfrentados no período, um crescimento de 6,8 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2022.

O segundo problema mais citado foi a elevada carga tributária, seguido pela falta ou alto custo da matéria-prima. O acesso ao insumo deixou de ser o principal problema no terceiro trimestre de 2022, quando caiu 20,6 pontos percentuais ante o segundo trimestre de 2022.

 No entanto, na avaliação do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a aquisição da matéria-prima é ainda uma questão relevante. No momento, 21,3% dos industriais consideram a falta ou o alto custo da matéria-prima um problema. Antes da pandemia e da desorganização das cadeias produtivas, a média das respostas era de 8,2%.

 Em relação a empresa, a insatisfação com o lucro operacional e com a situação financeira cresceu no primeiro trimestre de 2023, com recuo da atividade e do emprego em março. O índice de intenção de investimento da indústria da construção recuou 5,5 pontos em abril, para 39,8 pontos, após dois meses consecutivos de alta. Esse valor é 4,6 pontos inferior à média de 2022.

FONTE: BRASIL 247