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16/02/2022

Com altos e baixos da pandemia, já é hora de voltar a investir em fundos imobiliários de escritórios? Conheça riscos e vantagens

Analistas divergem sobre oportunidades de ganho de capital e falta de previsibilidade do segmento

Quase dois anos após o início da pandemia de Covid-19, os fundos imobiliários de escritórios dividem opiniões. De um lado, há analistas que enxergam oportunidades de ganho de capital. Do outro, estão aqueles que ainda não enxergam previsibilidade no segmento. A locação de lajes corporativas dá sinais de retomada, mas os recentes indicadores ainda não trouxeram um consenso para aqueles que investem nesse mercado por meio dos fundos imobiliários.

O segmento de escritórios foi um dos mais prejudicados pelas restrições impostas pela pandemia, com a necessidade das empresas de migrar equipes inteiras para esquemas de home office. Para o investidor interessado neste tipo de FII, a busca pelos melhores fundos nunca foi tão importante para o sucesso da estratégia. 

De acordo com a Buildings, plataforma de informações imobiliárias, o segmento de lajes corporativas no Brasil tem como referência a cidade de São Paulo. Atualmente, a capital paulista possui um estoque de 11,6 milhões de metros quadrados de escritórios, distribuídos em 1.592 prédios, considerando todas as classes de imóveis. 

A absorção líquida – que mede a quantidade de metros quadrados ocupados ao longo do tempo – foi de 49 mil metros quadrados entre outubro e dezembro de 2021. Foi o primeiro trimestre com resultado positivo desde o segundo trimestre de 2020, aponta a Buildings. 

A taxa de vacância do segmento ficou em 21,21% no fechamento do quarto trimestre do ano passado. No primeiro trimestre de 2020, o percentual de desocupação era de apenas 13%. 

As discussões sobre home office e novos modelos de trabalho trouxeram indefinição ao mercado, que reflete até hoje nos fundos imobiliários de lajes corporativas. Em média, as cotas das carteiras focadas predominantemente em escritórios caíram 17% nos últimos doze meses, considerando apenas os fundos que compõem o IFIX – índice que reúne os FIIs mais negociados da Bolsa. O índice, por sua vez, caiu 4,89% no mesmo período. 

 

FONTE: INFOMONEY