O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), começa nesta terça-feira (26) mais uma reunião que deve definir o patamar da taxa básica de juros, a Selic, para os próximos 45 dias. As expectativas de mercado são pela sexta manutenção da taxa no patamar atual, de 14,25% ao ano.
No último encontro do grupo, realizado no início do mês de maio, a decisão não foi unânime. O diretor de organização do sistema financeiro do BC, Sidnei Corrêa Marques, e o diretor de assuntos internacionais do BC, Tony Volpon, votaram pela alta da Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano.
No entanto, os outros seis membros do Copom optaram pela nova manutenção sob a avaliação do cenário macroeconômico, das perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos. O grupo também afirma que considerou as incertezas domésticas e externas.
Ao manter a taxa no patamar atual, o BC manifesta que a inflação está caminhando para a meta estabelecida pelo governo, já que a Selic serve como um dos instrumentos da economia para manter a inflação de preços controlada. O fato acontece porque os juros mais altos fazem o crédito ficar mais caro, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
A Selic só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano. Ou seja, com a taxa no patamar atual, vale mais a pena buscar alternativas mais atrativas de investimento.