Na quarta-feira (4), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros Selic para 5,25%. Com a escalada do indicador, as condições de compra e venda do setor imobiliário também são impactadas.
Enquanto os financiamentos foram beneficiados com os juros baixos no meio do ano passado até o início de 2021, o cenário passa a enfrentar maiores desafios com o crescimento da taxa. A Selic é uma ferramenta do Banco Central com o objetivo de equilibrar a inflação no País.
Quando a taxa de juros está baixa, muitos brasileiros aproveitam para financiar imóveis por conta do menor custo de crédito cobrado pelos bancos. Foi o que aconteceu de agosto de 2020 a janeiro de 2021, quando a Selic estacionou em a 2%, menor taxa já registrada da história. Para o fim deste ano, o Banco Central projeta que a taxa chegue a 7%.
Quando a Selic sobe, o mercado pode ficar mais cauteloso quanto às vantagens de aplicações no setor imobiliário, já que os investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos. Como a expectativa é que a Selic estabilize nos 7%, a alta segue no radar dos investidores.
“Cada vez que a Selic sobe, o mercado imobiliário puxa um pouco do freio de mão”, é como explica Rodrigo Assumpção, planejador financeiro CFP pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar). “Mas ainda não é momento de estacionar”, complementa. Para Assunção, o histórico brasileiro mostra que o País já enfrentou números altos. “Enquanto o número não chega aos dois dígitos, não há preocupação”, diz.