O ICST (Índice de Confiança da Construção) avançou 1,4 ponto em dezembro, para 96,7 pontos. Trata-se do maior patamar do indicador desde os 97,8 pontos alcançados em janeiro de 2014, mostram dados divulgados nesta quinta-feira (23) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) afirma que a situação corrente dos negócios termina 2021 em uma posição melhor do que antes da pandemia.
"Nota-se que os empresários se mantêm cautelosos em relação às perspectivas para os negócios nos próximos meses. É um sentimento que decorre da própria piora da conjuntura e de sua repercussão sobre variáveis chaves para o setor", avalia Ana.
Em dezembro, o resultado positivo do índice reflete a melhora das expectativas e da percepção dos empresários na avaliação sobre momento atual. Enquanto o ISA-CST (Índice de Situação Atual) subiu 0,8 ponto, para 92,8 pontos, o IE-CST (Índice de Expectativas) avançou 2,1 pontos, para 100,8 pontos. De acordo com a FGV, a alta do indicador que mede a percepção atual dos negócios foi influenciada, principalmente, pela melhora do indicador de carteira de contratos, que subiu 1,4 ponto, para 93,8 pontos. O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade), por sua vez, recuou 0,9 ponto percentual, para 76,4%. A maior contribuição negativa partiu da Mão de Obra, que diminuiu de 78,4% para 77,5%. Já o Nuci de Máquinas e Equipamentos diminuiu 0,3 ponto percentual, para 69,8%.